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http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/

 


http://nsidc.org/cryosphere/glance/index.html

 


http://mitos-climaticos.blogspot.com/
 

Carta aberta

 

Para o Secretário-geral das Nações Unidas Ban Kin Moon
Com cópias para os Chefes de Estado dos países dos signatários
13 de Dezembro de 2007
A respeito da Conferência climática da ONU [Bali]

É impossível deter as alterações climáticas, um fenómeno natural que tem afectado a humanidade através dos tempos. Os testemunhos históricos, geológicos, arqueológicos, orais e escritos provam todos os desafios fundamentais que as sociedades antigas tiveram de enfrentar perante alterações imprevistas de temperatura, de precipitação, de vento e de outras variáveis climáticas. Devemos consequentemente preparar as nações para resistir a todos estes fenómenos naturais promovendo o crescimento económico e a criação de riqueza.

O Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) tem publicado conclusões cada vez mais alarmistas sobre a influência climática do CO2 de origem humana, um gás não poluente que é essencial à fotossíntese das plantas. Embora compreendamos os argumentos que levaram a considerar as emissões de CO2 como perigosas, as conclusões do IPCC são absolutamente injustificadas e não devem conduzir a políticas que vão reduzir significativamente a prosperidade futura. Em especial, não foi estabelecido que seria possível modificar significativamente o clima global reduzindo as emissões humanas de gases com efeito de estufa. Acima de tudo, porque as tentativas de reduzir emissões vão retardar o desenvolvimento, a abordagem actual da ONU sobre a redução do CO2 é susceptível de agravar o sofrimento humano devido às alterações climáticas futuras em vez de o reduzir.

O Resumo para os Decisores Políticos do IPCC é o documento mais consultado pelos políticos e pelos não-cientistas e está na base da maior parte das decisões políticas sobre as alterações climáticas. Contudo, este resumo é preparado por um núcleo relativamente restrito de redactores e a sua versão final é aprovada linha a linha por representantes dos governos. A grande maioria dos contribuintes e revisores do relatório [geral do IPCC] e das dezenas de milhares doutros cientistas qualificados que comentam sobre esta matéria não estão implicados na preparação deste documento [do Resumo]. O Resumo não pode por conseguinte ser considerado como representativo de um consenso de especialistas.

Contrariamente à impressão dada pelo Resumo para os Decisores Políticos, do IPCC:

· As observações recentes dos fenómenos como a retracção dos glaciares, o aumento do nível do mar e a migração das espécies não testemunham uma alteração climática anormal porque nenhuma destas alterações está para além dos limites da variabilidade natural que conhecemos.
· O ritmo médio de aquecimento de 0,1 ºC/década a 0,2 ºC/década registado pelos satélites nas últimas décadas do século XX está dentro dos limites de aquecimento e de arrefecimento observado nos últimos 10 mil anos.
· Cientistas de primeiro plano, incluindo representantes importantes do IPCC, reconhecem que os modelos informáticos actuais não podem prever o clima. Assim, e apesar das projecções dos computadores de um aumento de temperatura, não tem havido aquecimento global desde 1998. O patamar de temperatura actual que se seguiu a um período de aquecimento no final do século XX está de acordo com ciclos naturais multidecenais ou milenários.
· Exactamente oposto à afirmação frequentemente repetida que na ciência do clima “terminou o debate”, um número importante de novas publicações em revistas com revisão pelos pares coloca cada vez mais em dúvida a hipótese de um aquecimento perigoso de origem humana. Mas como os grupos de trabalho do IPCC tiveram instruções para examinar as publicações [somente] até Maio de 2005 (cf. instruções IPCC) as posteriores conclusões importantes não estão incluídas no seu relatório; o que quer dizer que os relatórios de avaliação do IPCC são baseados em resultados já obsoletos.

A conferência sobre o clima de Bali foi destinada a conduzir o Mundo pelo caminho de uma restrição severa de CO2, ignorando as lições evidentes que se podem tirar do malogro do Protocolo de Quioto, o caos no mercado de transferências de CO2 estabelecido pela Europa e a ineficácia de outras iniciativas dispendiosas destinadas a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Análises custo-benefício objectivas desacreditam a introdução de medidas globais destinadas a limitar e a reduzir o consumo de energia para reduzir as emissões de CO2. Além disso, é irracional aplicar o “princípio da precaução” porque numerosos cientistas reconhecem que um arrefecimento ou um aquecimento são ambos procedentes e realistas para o clima a médio prazo.

O esforço actual da ONU para “combater as alterações climáticas”, como é apresentado no Relatório sobre o Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento da ONU, de 27 de Novembro de 2007, desvia a atenção dos governos para a ameaça de alterações climáticas inevitáveis sob as suas diferentes formas. É necessária a planificação nacional e internacional perante tais mudanças, ajudando prioritariamente os cidadãos mais vulneráveis a adaptar-se às condições futuras. Tentar impedir o clima de se alterar é fútil e constitui uma má e trágica aplicação de recursos que seriam bem melhor utilizados para resolver os problemas verdadeiros e mais prementes.

 

 

 


 

de

 

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A ideologia das alterações climáticas

 

O Prof. Doutor Delgado Domingos deu uma entrevista (não editada) publicada na revista Notícias Sábado. Encontra-se no blogue Estrago da Nação. Abarca vários temas como as linhas aéreas, as centrais nucleares, as barragens, as eólicas, os biocombustíveis e as alterações climáticas. A entrevista deve se lida no seu todo.

Por interessar ao MC (Mitos Climáticos) a última faceta da entrevista, publicamos a seguir a parcela correspondente às alterações climáticas. As opiniões do Prof. Doutor Delgado Domingos são muito importantes pela sua coragem e determinação.

«P – A Conferência de Bali sobre alterações climáticas foi ou não um sucesso?

R – Considerou-se um sucesso por se ter conseguido colocar no texto final uma nota de rodapé que faz referência a um estudo do Painel Internacional [Intergovernamental] para as Alterações Climáticas (IPCC). Mas essa nota de rodapé remete, por sua vez, para outras duas notas que, na prática, a anulam, porque, na verdade, não são fixadas quaisquer metas, mas apenas indicações que são questionáveis.

P – Em todo o caso parece consensual que as alterações climáticas são já agora uma evidência, tanto assim que em 2007 se falou imenso do assunto…

R – Existem alterações climáticas mensuráveis mas existe também uma enorme manipulação ao reduzir tudo ao CO2 e equivalentes. O principal gás com efeito de estufa é o vapor de água. O alarmismo actual quanto às alterações climáticas é um instrumento de controlo social, pretexto para grandes negócios e combate político. Transformou-se numa ideologia, o que é preocupante.

P – Há uns anos falava-se que eram as petrolíferas a financiarem cientistas para negarem as alterações climáticas…

R – Agora é um pouco ao contrário.

P – Onde está então a verdade? Onde está a realidade?

R – Há três realidades: uma científica – que mostra os dados observados –, outra de realidade virtual – que se baseia em modelos computacionais – e outra pública. Entre as três, por vezes, há grandes contradições.

P – Mas afinal, na sua opinião, existe ou não aquecimento global provocado pelas emissões de dióxido de carbono das actividades humanas?

R – O último relatório científico do IPCC refere, por exemplo, que na Antártida o aumento da temperatura precedeu o aumento das emissões de dióxido de carbono, mas depois isso é omitido no relatório para os decisores políticos. Recentemente descobriu-se que afinal houve um erro em considerar que 1998 foi o ano mais quente no EUA desde que existem registos; de facto, o ano mais quente foi o de 1934. E agora sabe-se, depois de um grande escândalo, que no século XV ocorreu um crescimento abrupto de temperaturas idêntico ao que se verifica actualmente.

P – Então em ficamos? Existe ou não aquecimento global, na sua opinião?

R – Tem ocorrido um aumento da temperatura, até 1998, mas não se pode garantir que, nos próximos anos, continue e que esteja apenas associado às emissões de dióxido de carbono.

P – Nesse âmbito, a aplicação do protocolo de Quioto servirá para algo?

R – Tudo o que seja feito para diminuir as emissões de dióxido de carbono é positivo, porque implicará redução dos consumos energéticos. Mas criar uma ideologia agarrada ao dióxido de carbono é um perigoso disparate. Será preferível prepararmo-nos para as naturais evoluções do clima. Adaptarmo-nos, e estarmos preparados, caso aconteçam, o que significa, entre outras coisas, não destruir as dunas a pretexto de PIN, não construir em leitos de cheia, não impermeabilizar solos para não agravar os efeitos das potenciais e naturais ondas de calor, etc.

P – Em suma, advoga então que se siga a política preconizada pela Administração Bush…

R – Não se pode continuar a diabolizar os Estados Unidos. Os norte-americanos têm dos melhores estudos e especialistas nesta área. Basta dizer que o UCAR (University Corporation for Atmosferic Research) – um organismo norte-americano que estuda os fenómenos climáticos e meteorológicos – tem um orçamento de 200 milhões de dólares, enquanto o IPCC tem apenas 10 milhões, para além de que mais de 50% dos cientistas que elaboraram os relatórios do IPCC são americanos.».





 


 

Degelo no mar árctico atinge novo recorde
05.09.2007 - 18h54 PUBLICO.PT


A superfície gelada no mar do Árctico atingiu este mês um novo recorde mínimo, com apenas 4,42 milhões de quilómetros quadrados, revela o National Snow and Ice Data Center da Universidade do Colorado, em Denver. Até agora, o recorde ia para o ano de 2005, com 5,32 milhões de quilómetros quadrados.

Os cientistas dizem-se “espantados” com a perda de gelo. Só na semana passada desapareceu uma área quase duas vezes maior do que a Grã-bretanha, noticia hoje o jornal britânico “The Guardian”.

A passagem marítima Nordeste ao longo da costa russa do Árctico poderá abrir no final deste mês. Se o degelo, que acelerou a partir de 2002, continuar a este ritmo, o Árctico poderá ficar sem gelo no Verão em 2030.

“Se me tivessem perguntado há uns anos quando iria o Árctico perder todo o seu gelo, teria dito 2100 ou 2070. Mas agora penso que 2030 é uma estimativa razoável. Parece que o Árctico vai ser um espaço muito diferente ainda na nossa geração e certamente na dos nossos filhos”, comentou Mark Serreze, do National Snow and Ice Data Centre, citado pelo “The Guardian”.

O degelo no Árctico ocorre todos os meses de Setembro. No Inverno, a água do mar recomeça a congelar. Mas este ano, esse processo será mais difícil. “Este Verão temos toda esta água [sem gelo] que faz entrar calor no oceano. Isso vai dificultar o regresso do gelo. O que estamos a ver este ano permite mostrar-nos que o próximo será pior”, acrescentou.

Alterações nos ventos e circulação de correntes podem contribuir para o degelo. Mas Serreze acredita que o maior culpado é o sobre-aquecimento do planeta. “As regras começam a mudar e o que está a mudar as regras são as emissões de gases com efeito de estufa”.


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1304166&idCanal=13
 


 

 

Satellites witness 'extreme' shrinking of Arctic ice cover

 

 

EurActiv.com,

18 September 2007

 

The sea ice that covers the North Pole and the Arctic has shrunk by one million square kilometres over the last year, according to satellite images released by the European Space Agency (ESA). Meanwhile, Greenland's ice cap is slipping into the sea at an 'extraordinary' rate.

 

Scientists from the European Space Agency (ESA) are alarmed by the rapid and drastic reduction in Arctic ice cover that has taken place in just one year. A reduction of one million square kilometres represents a ten-fold increase when compared with the average annual reduction of 100, 000 square kilometres observed over the last decade, according to ESA.

 

"The strong reduction in just one year certainly raises flags that the ice (in summer) may disappear much sooner than expected and that we urgently need to understand the processes involved better", said Leif Toudal Pederson of the Danish National Space Centre.

 

While Arctic ice re-forms during the winter months after having melted in the summer months, the overall rate at which the ice is shrinking has reached unprecedented proportions, ESA said.

 

Pederson predicts that the North-West passage, which historically has been closed to conventional sea-faring vessels such as container ships and oil tankers, may become navigable sooner than expected, bringing with it the possibility of new and more rapid trade routes between Europe and Asia.

 

The Greenland ice cap is also rapidly melting, triggering earthquakes as chunks several cubic kilometres in size break off into the ocean, according to press reports.

 

Robert Correll, chairman of Arctic Climate Impact Assessment at the Heinz Centre in Washington DC, reports that large lakes and rivers of melting water have formed beneath the glacier which forms the Greenland ice cap, causing it to move into the sea at 15 kilometres per year. "That means that this one glacier puts enough fresh water into the sea in one year to provide drinking water for a city the size of London for a year", Correll said.

 

In February, the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) predicted that global sea levels may rise between 20cm and 60cm over the 21st Century. But these figures are "conservative" and based on old data, and some scientists predict the rise may approach two metres, Correll said.

 

A sea-level rise of this magnitude would result in potentially disastrous flooding along much of Europe's coastline, in particular

 

Links

EU official documents

Think-tanks and academia

  • Heinz Centre for Science, Economics and the Environment Website

 

http://www.wbcsd.org/plugins/DocSearch/details.asp?type=DocDet&ObjectId=MjYyOTI

 

 

 

   


Ano Polar Internacional | http://www.ipy.org/

 

World Meteorological Day | Polar meteorology:

Understanding global impacts - 23 March 2007

 

Global Warming Blog
http://global-warming.accuweather.com/

 

O degelo

http://www.ssd.noaa.gov/PS/SNOW/DATA/asia-1mo-loop.html

 

... &

 http://news.yahoo.com/s/nm/20070820/ts_nm/climate_ice_dc

 

 

 


M
editerrâneo vai assistir a um aumento do stress hídrico,

ondas de calor e fogos florestais

Lisboa, 30 Outubro 2006


Portugal, Espanha e França estão entre os países europeus mais afectados pelo aquecimento global, segundo um relatório britânico hoje divulgado, que aponta consequências como a falta de água, as ondas de calor e os fogos florestais.

 

O relatório Stern, encomendado pelo governo britânico ao ex-responsável do Banco Mundial Nicholas Stern, evidencia as grandes variações climáticas na Europa salientando que as regiões vão ser afectadas de maneira diferente.

 

"O Mediterrâneo vai assistir a um aumento do stress hídrico, ondas de calor e fogos florestais. Portugal, Espanha e Itália serão os países mais afectados. Isto poderá levar a uma mudança para Norte no que respeita ao turismo de Verão, agricultura e ecossistemas", refere o documento.

 

O Norte da Europa poderá registar um aumento na produtividade agrícola (com a adaptação à subida das temperaturas) e menos necessidade de gastar energia no Inverno.

 

Mas os Verões mais quentes vão aumentar a necessidade de ar condicionado.

 

O derretimento das neves alpinas e padrões de precipitação mais extremos podem aumentar a frequências das cheias nas principais bacias hidrográficas como as do Danúbio, Reno e Ródano.

 

O turismo de Inverno será gravemente afectado.

 

O estudo prevê também que muitos países costeiros em toda a Europa sejam vulneráveis à subida do nível do mar.

 

A Holanda, onde 70 por cento da população seria ameaçada com uma subida de um metro no nível do mar, é o país que se encontra mais em risco.

 

O relatório refere ainda que os países desenvolvidos de latitudes mais baixas (caso de Portugal) são os mais vulneráveis.

 

Regiões onde a água já é escassa enfrentariam grandes dificuldades e custos crescentes. Estudos recentes sugerem que um aumento de dois graus nas temperaturas globais poderia levar a uma redução de 20 por cento na disponibilidade de água.

 

A escassez de água nesta região vai limitar o efeito de fertilização do carbono e levar a quebras substanciais na agricultura.

 

Os custos dos fenómenos extremos como tempestades, cheias, secas e ondas de calor vão aumentar rapidamente com temperaturas mais altas, neutralizando alguns dos benefícios iniciais associados às alterações climáticas.

 

Só os custos destes fenómenos poderiam atingir 0,5 a um por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em meados do século e continuarão a aumentar à medida que o mundo aquece.

As ondas de calor, como a que aconteceu na Europa em 2003, provocando a morte de 35 mil pessoas e prejuízos de 11,7 mil milhões de euros na agricultura, serão comuns em meados do século.

 

A disparidade norte-sul dos impactos das alterações climáticas já tinha sido registada durante esta onda de calor quando as colheitas no Sul da Europa tiveram uma quebra de 25 por cento, enquanto no Norte da Europa se verificou o contrário (aumento de 25 por cento na Irlanda e 5 por cento na Escandinávia).

 

Nas latitudes mais baixas, espera-se um aumento global do consumo de energia, devido à maior procura de ar condicionado no Verão.

 

Nestas regiões, as mortes durante o Verão devem ultrapassar a redução de óbitos durante o Inverno, levando a um aumento global da mortalidade.

 

Da mesma maneira, o turismo pode mudar-se para norte, já que as regiões mais frias vão passar a ter Verões mais quentes, enquanto as regiões mais quentes do Sul da Europa vão sofrer uma maior frequência de ondas de calor e reduzir a disponibilidade de água.

 

A distribuição destes impactos em vários sectores poderá estimular uma mudança para norte a nível da actividade económica e população em regiões como a América do Norte ou a Europa, à medida que as regiões do Sul vão sendo afectadas por aumentos desproporcionados dos riscos para a saúde humana e fenómenos extremos associados a uma perda de competitividade na agricultura e no sector florestal, menor disponibilidade de água e aumento dos custos da energia.

 

Vastas regiões do mundo serão devastadas por consequências sociais e económicas das temperaturas elevadas.

 

"Como a história demonstra, isto conduzirá a um movimento populacional e em grande escala desencadeando conflitos regionais", salienta o estudo.

 

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2006/10/30h.htm

Fonte: Lusa